Quais os fatores que influenciam o desenvolvimento das crianças no Brasil?

Amamentação, dieta balanceada e ambiente tranquilo são estímulos que fazem toda a diferença na infância

Os primeiros 1000 dias de vida, desde a gravidez até os 2 anos de idade,  são um período essencial na formação do ser humano. Segundo inúmeros especialistas, essa é a fase em que a criança mais se desenvolve física e cognitivamente. Mas você sabe quais são os fatores que influenciam o desenvolvimento do bebê nesse período?

Um estudo realizado pela Universidade Estadual da Paraíba analisou os dados de crescimento de crianças brasileiras e descobriu que houve uma redução de casos de baixa estatura entre elas. Mas engana-se quem pensa que isso aconteceu apenas graças a fatores hereditários. Na verdade, o que o artigo aponta é que os estímulos que a criança recebe nos primeiros anos fazem toda a diferença.

De acordo com o artigo, a nutrição é um fator de destaque para que a criança consiga atingir todo o seu potencial. A recomendação é que a amamentação exclusiva seja realizada até os 6 meses, seguida por uma introdução alimentar balanceada e recomendada por um médico e/ou nutricionista.

O ambiente em que o bebê vive também é de extrema importância. Estudos de neurociência mostram que as sinapses cerebrais se desenvolvem rapidamente nos primeiros anos, formando a base do funcionamento cognitivo e emocional para o resto da vida. Por isso, casas com clima mais acolhedor, tranquilo e seguro fazem toda a diferença na infância. Além de, claro, amor e carinho entre os familiares.

O estudo ainda aponta mais um fator essencial nesse período: a educação familiar. Ensinar hábitos saudáveis, desde os primeiros anos, pode ajudar a criança a ter maior qualidade de vida no futuro. A educação também é uma grande aliada na luta na prevenção de casos de desnutrição, atraso no crescimento, anemia, obesidade e tantas outras doenças na infância e na idade adulta.

REFERÊNCIAS

Bibliografia: Pedraza DF. Crescimento linear das crianças brasileiras: reflexões no contexto da equidade social. Rev. Nutr. 2016; 29(2): 287-296.

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