A importância do estímulo musical na primeira infância
Você sabia que as mamães golfinho cantam para seus filhotes quando eles ainda estão dentro delas?
Você sabia que as mamães golfinho cantam para seus filhotes quando eles ainda estão dentro delas?
Você sabia que as mamães golfinho cantam para seus filhotes quando eles ainda estão dentro delas? Não à toa, essa espécie é considerada uma das cinco mais inteligentes de todo o reino animal: além de desenvolverem linguagem própria, até o momento indecifrável por cientistas, esses bichinhos sabem da importância do estímulo musical para o desenvolvimento de seus semelhantes. Tanto é que a cantoria das fêmeas permanece por até duas semanas depois do nascimento dos filhotes no oceano. Mas o que isso tem a ver com os seres humanos?
Estudos comprovaram que o estímulo musical é fundamental para o desenvolvimento neurológico, tanto é que crianças que são expostas às canções desde antes de virem ao mundo aprendem a ler e a escrever mais rápido. E mais: no caso de bebês prematuros, a musicoterapia, como é chamada a utilização da música como medida terapêutica, é capaz de influenciar positivamente no ganho de peso e, consequentemente, na redução do tempo de internação.
Segundo a lei nº 11.769, aprovada em 2008, a música é conteúdo obrigatório na grade curricular da educação básica de toda e qualquer escola brasileira. O propósito não é formar músicos profissionais, e sim, desenvolver a sensibilidade e a integração social dos pequenos. Entretanto, não é só na escola que as crianças devem ter contato com melodias.
Desde quando o bebê está dentro da barriga, ele é capaz de identificar a voz da mãe. Além dos benefícios para o desenvolvimento neurológico humano, neste caso, as canções são capazes de estreitar o vínculo materno.
“Mesmo antes do nascimento, o bebê já é influenciado e suscetível ao que acontece à sua volta. Aos cinco meses de gestação, o aparelho auditivo já é plenamente funcional. Isso explica o porquê de alguns bebês se recordarem e reconhecerem músicas ouvidas ainda na barriga da mãe”, explica a educadora musical e professora do curso de pós-graduação em música da Faculdade Cantareira, Enny Parejo.
Mas é importante ressaltar, no entanto, que é preciso bom senso. “Uma dica para as gestantes é dosar bem, ou seja, não escutar músicas muito barulhentas ou altas”, completa Enny.
Do momento do nascimento até os dois anos de idade é que se dá o processo de aprendizagem mais intenso do ser humano: todos os estímulos aprendidos nesse intervalo serão decisivos para as formações de conexões neurais em seu cérebro, o que jamais ocorrerá na mesma intensidade em outras etapas da vida. Por ser uma construção complexa de ritmos e acordes, a música estimula o poder de formação de sinapses entre os neurônios dos sistema nervoso central.
“Crianças que não são ouvem música têm respostas cognitivas diferentes daquelas que são expostas a esse estímulo e retêm cada sinal sonoro, cada sílaba. Ouvir e cantar canções deve ser uma condição de exercício diário. Ter um momento pensado para o seu filho é mais do que importante, é fundamental”, completa Enny.
Qual o impacto de ler para aquele bebê que não vai se recordar de nada disso quando crescer?
Mais do que uma forma de entreter o bebê, a brincadeira é a linguagem primária das crianças. Confira vários jogos de neném para você se divertir com seu pequeno.
O nascimento do bebê é um momento de muita alegria. Ao mesmo tempo, a mãe fica sensível e assustada com a responsabilidade de zelar por uma nova vida.